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sexta-feira, 9 de março de 2012

O futuro da Sony

A Sony tem se mantido bastante ocupada nestes primeiros meses de 2012, graças aos seus diversos lançamentos, como o PlayStation Vita, a conclusão da compra da divisão de celulares da Ericsson e os novos smartphones. Reflexo disso foi a apresentação de novos smartphones da linha Xperia durante a MWC 2012, nesta última semana de fevereiro, mesmo após a apresentação de novos modelos em janeiro, na CES. Mas qual será o futuro da empresa japonesa?
Uncharted 3 no PlayStation Vita (Foto: Allan Melo/TechTudo) 
Uncharted 3 no PlayStation Vita 
 
Stephen Sneeden, gerente de Marketing de Produtos da Sony nos Estados Unidos, conversou com o site The Verge na MWC, em Barcelona (Espanha), e deixou escapar algumas indicações sobre o que virá pela frente. Mas é bom lembrar: algumas coisas são suposições e podem muito bem não se concretizar.
 
Games

Com a resposta morna ao Xperia Play no ano passado, muitos consumidores ainda esperam por uma plataforma capaz de unir de forma satisfatória os games portáteis com um celular funcional. Uma vez abandonado o sonho do “PSPhone”, agora é a vez de almejar por um “PS Vita phone”, já que o próprio presidente da empresa, Kaz Hirai, teria dito que portar o sistema do novo console para smartphones e tablets seria uma proposta “interessante”, se implementada de maneira correta.
No entanto, Sneeden deixou claro que há uma separação entre as divisões mobile e do PlayStation, embora a Sony tenha adquirido da Ericsson sua outra metade do setor de dispositivos móveis, e as recentes tentativas com o Xperia Play tenham estreitado o relacionamento. Ainda assim, os tablets – compartilhando o sistema operacional Android e algumas peças de hardware com os smartphones – não fazem parte da divisão de dispositivos móveis. Vai entender.

Sony Ericsson Xperia Play (Foto: Allan Melo/TechTudo) 
Sony Ericsson Xperia Play 
 
De qualquer forma, os produtos agraciados com o selo PlayStation Certified continuarão a existir, mesmo sem a previsão de novos aparelhos equipados com botões físicos como o Xperia Play – na CES, apenas o Xperia S e Ion apresentaram o certificado, ambos com interface totalmente touchscreen.
Ele reconheceu, no entanto, que a companhia se equivocou ao dizer que os aparelhos com o certificado “são uma ferramenta de produtividade”. “É um dispositivo Android, e tem toda a complexidade e oportunidade de rodar qualquer aplicativo que queira, mas nós queríamos fazer isso para todas as pessoas, embora houvesse uma audiência muito seleta que precisávamos realmente atingir e tentar gerar essa consciência”, afirmou. Isso significa que pode haver um Xperia Play 2? Não exatamente, mas a Sony parece ter entendido a necessidade de direcionar seus produtos.

Concorrência

Os smartphones em geral, por outro lado, precisam encarar um desafio muito maior: concorrer com aparelhos de empresas agressivas como Samsung e Apple. O gerente de Marketing de Produtos da Sony nos EUA disse que todos os futuros telefones da companhia continuarão a carregar a marca Xperia (da mesma forma como acontece com os notebooks Vaio), como os modelos S, U e P apresentados na MWC. Já a marca Ericsson é coisa do passado, com apenas o logotipo antigo presente no painel traseiro dos modelos, ainda fruto do desenho pré-aquisição.

Sony Xperia S (Foto: Divulgação) 
Sony Xperia S
 
Ainda assim, há pressões externas para modificar isso, como o Xperia Ion, que é apenas uma versão do S capaz de utilizar a rede 4G (LTE), mas vendido exclusivamente para uma empresa de telecom norte-americana. “Com uma grande operadora como a AT&T há muita colaboração. Ter um smartphone LTE nela foi muito importante para nós”, disse Sneeden ao The Verge, reconhecendo requerimentos complicados vindos da empresa de telecom.

Sony Nexus

Há a possibilidade também de a Sony acabar participando do projeto dos aparelhos Nexus, do Google, feitos para demonstrar de maneira “pura” as novas versões do sistema operacional Android. Até agora, apenas a HTC, a Motorola (atualmente) e a Samsung tiveram participação, mas a gigante japonesa está interessada e se diz “aberta” à discussão.
Mas há um porém: o executivo diz que seria preciso ainda identificar o smartphone como um típico produto da Sony, da mesma forma como a linha Xperia tem um aspecto “holístico” com conexão entre outros serviços e ecossistema da empresa, a Sony Entertainment Network. Nos aparelhos Nexus, o Google dificilmente permitiria tais ferramentas pré-carregadas. Alguém teria de ceder nessa equação, mas isso é algo difícil de se prever atualmente.
Isso tudo não nega o fato de que, atualmente, o Android é a principal plataforma da Sony Mobile, com 100% dos aparelhos dedicados ao sistema operacional. Segundo Sneeden, sua adoção ocorreu pela demanda do mercado, mas “não nos elimina de examinar outras oportunidades”. Rumores de um Windows Phone da marca são persistentes, mas não houve qualquer menção a isso durante o evento ou na conversa com o executivo.
A questão toda é aproveitar as oportunidades de parcerias, mas sempre valorizando o que já se tem internamente. Durante a MWC, Kaz Hirai exaltou os benefícios de ter uma empresa desse tamanho, com acesso a tantos recursos, como uma gravadora de música e um estúdio de cinema, por exemplo. A integração para proporcionar um sistema harmonioso “sempre será um desafio para uma companhia tão grande quanto a Sony”.  Se a estratégia atual está dando certo, só os próximos resultados financeiros vão dizer.
Fonte:The Verge

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