O governo brasileiro anunciou que pretende tirar de circulação os  telefones fabricados na China, vendidos nos comércios mais populares e  têm como público alvo os consumidores de baixa renda.
  O diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da  Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos, destaca o  desejo do governo em retirar do mercado os modelos que oferecem a  possibilidade do usuário contar com chips de várias operadoras e em  telefones que custam, em média, entre R$ 100 e R$ 300.
 
 Smartphones chineses com 4 chips podem estar com os dias contados no Brasil  
  Ronaldo alerta que a decisão pode ser considerada discriminatória, pois  praticamente elimina a possibilidade da população de baixa renda em  adquirir um dispositivo conectado. Para o diretor, são os telefones com  vários chips que permitem que esses cidadãos comecem a ter o seu  primeiro acesso à internet, ou que facilitam a comunicação com outras  pessoas, pelas diferentes ofertas das operadoras em um formato mais  prático, dispensando a necessidade de compra de vários telefones.
  O Minitério Público Federal é quem lidera a iniciativa do banimento, e  conta com o apoio das operadoras e fabricantes nacionais. A pirataria, a  ausência de certificado da Anatel e perdas de R$ 1 bilhão da indústria  nacional são os principais argumentos do governo para a proibição. No  entendimento do Governo brasileiro, os telefones chineses são produtos  que não se enquadram nas especificações técnicas mínimas requeridas pela  Anatel, e representam uma “concorrência desleal” aos produtos que se  encaixam com as regulamentações estabelecidas para os grandes  fabricantes.
  Na prática, o grande alvo da decisão é a utilização de até quatro chips  de diferentes operadoras em um mesmo aparelho. Com a decisão, as  operadoras teriam controle total sobre aquele usuário, naquele aparelho.  A saída seria a compra de outro aparelho, com outro chip, fazendo com  que fabricantes e operadores lucrem mais, graças a um aumento nas vendas  dos aparelhos e novos contratos nas modalidades pré e pós paga de  telefona e acesso à internet.
  Por fim, Ronaldo ainda critica o “protecionismo torto” da decisão, e  entende que os telefones chineses deveriam incentivar a competição entre  os fabricantes, buscando atender as necessidades dos usuários de baixa  renda, que é um mercado pouco explorado pelas grandes empresas de  telefonia.
  Vale aqui ressaltar que os celulares chineses não entram na categoria  de smartphones, na maioria dos casos. São telefones que contam com  funções de smartphone, mas sua firmware é simples, sem um gerenciamento  de sistema eficiente, sem multitarefa e com funções de conectividade  limitadas.
  Fonte:AdNews
 
 


Nada me surpreende mais neste governeco dos PeTralhas!
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